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Setor de Exatas no combate à pandemia: professores e técnicos pesquisam e agem contra o COVID-19

 

Desde que a pandemia do novo Coronavírus começou, professores e técnicos dos departamentos do Setor de Ciências Exatas estão mobilizados na luta contra o COVID-19. São diversas ações de combate: pesquisas, produção e análises de falsificação de álcool em gel e confecção de protetores faciais com impressoras 3D.

 

A necessidade de informações no combate é importante e, pensando nisso, que professores, pesquisadores, bolsistas e estagiários dos Departamentos de Informática, Estatística, Expressão Gráfica, Física, Matemática e Química, do Setor de Ciências Exatas da UFPR; bem como da Enfermagem, do Setor de Ciências da Saúde  e Design; do Setor de Artes, Comunicação e Design; e um professor colaborador do Insper-SP, criaram o Portal Covid-19, um grupo interdisciplinar, que reúne dados e informações sobre o novo coronavírus no Paraná.

 

Com gráficos de números de casos e óbitos, mapas e previsões, o objetivo é  de reunir dados e informações, trocar experiências entre os pesquisadores, divulgar pesquisas e resultados para a sociedade. 

 

Pesquisas de previsão e propagação da pandemia

 

As pesquisas desenvolvidas pelos professores do Setor de Exatas buscam entender e facilitar o combate ao novo Coronavírus. Dentro das pesquisas, são diversos os temas estudados. Foi criado um grupo interdisciplinar para reunir pesquisas sobre modelos de previsão e propagação da pandemia

 

Participam os professores Paulo Justiniano e Wagner Bonat, do Departamento de Estatística, com modelos de previsões para o Portal Covid-19, em parceria com a Secretaria da Saúde do Estado do Paraná e o Instituto Fiocruz. Assim como o professor Giovani Vasconcelos, do Departamento de Física, com publicações sobre modelos matemáticos. 

 

Outra pesquisa em andamento, é “Redes complexas e a COVID-19 no Paraná”, dos professores Marcus Beims, do Departamento de Física, e André Grégio e Eduardo Almeida do Depto de Informática da UFPR e os professores Sandro Pinto e Pedro Miranda da Universidade Estadual de Ponta Grossa. 

 

Além disso, a pesquisa dos professores Marcus Beims, Rafael Marques da Silva e o doutorando Eduardo Brugnago, do Departamento de Física, procuram entender o efeito de estratégias capazes de diminuir o crescimento da pandemia e propor modelos matemáticos que preveem o crescimento da COVID-19. É uma parceria com Carlos FO Mendes, professor da Universidade Estadual do Amazonas, e César Manchein, professor da Universidade Estadual de Santa Catarina. Eles observaram o crescimento do número confirmado de infectados em nove países, Brasil, China, França, Alemanha, Itália, Japão, Coréia do Sul, Espanha e Estados Unidos da América até o dia 27 de março do 2020.

 

Pesquisas de testagem de casos de COVID-19

 

O professor David Menotti, do Departamento de Informática da UFPR, em parceria professores Eduardo José da Silva Luz, Gladston Juliano Prates Moreira e Rodrigo Silva e o doutorando Pedro Henrique Lopes Silva, do Departamento de Computação da UFOP e médica  Ludmila Silva, está desenvolvendo uma técnica que utiliza imagens de Raio-X torácico para auxiliar no diagnóstico de pacientes com o Covid-19. Eles utilizam um sistema computacional que aprende a diagnosticar a partir de uma base de 13.800 imagens, sendo 183 delas de pacientes com o novo Coronavírus e as restantes de pacientes saudáveis ou com pneumonia.

 

E a professora Caroline D’Oca, do Departamento de Química, está buscando recursos para compra de equipamentos para uma pesquisa de testagem utilizando a técnica de Ressonância Magnética Nuclear e Espectometria, seguindo estudos em outros países, como Austrália e Reino Unido. 

 

Ações para combater o COVID-19

 

Além das pesquisas, professores e técnicos do Departamento de Química estão produzindo álcool em gel, já que a demanda do produto aumentou e há a falta dele no mercado. O álcool em gel é destinados para hospitais, principalmente para o Hospital do Trabalhador. Os professores Ana Luisa Lordello e professor Rilton Alves de Freitas estão trabalhando em parceria com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná e de outros setores, como o Instituto de Tecnologia do Paraná. Além disso, complementa a produção de outros campi da UFPR, como  Farmácia Escola no Jardim Botânico, Palotina, Jandaia do Sul e Litoral.

 

Mas assim como a procura pelo produto aumentou com a pandemia do novo Coronavírus, a falsificação do álcool em gel também. Por isso, em parceria com a Polícia Científica do Paraná, os professores Andersson Barison e Caroline D’Oca, do Laboratório de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) do Departamento de Química, estão analisando amostras suspeitas utilizando a técnica de RMN HR-MAS de ¹H. A porção de álcool etílico deve estar entre 68 a 72% INPM, pois abaixo ou acima, não possui propriedade anti-séptica. 

 

Outro produto que está em falta desde o início da pandemia, são as máscaras e os protetores faciais, produto que complementa a proteção dos profissionais da saúde.  Com isso, os professores Márcio Carboni, do Departamento de Expressão Gráfica, e Wilson Soares, do Departamento de Física, estão produzindo os Protetores Faciais EPI utilizando as impressoras 3D, em conjunto com um grupo de 150 profissionais do Paraná. A proposta é entregar os protetores faciais para hospitais e trabalhadores de saúde do estado.