A equipe multidisciplinar da UFPR que participa do concurso internacional Race to Zero, promovido anualmente pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos para desenvolvimento de soluções criativas para problemas reais da construção civil, conta com o reforço de três estudantes das exatas.
São eles: Marcos Maresi, graduando em Química, Henrique Pellegrini, graduando em Física, e Matheus Neves, pós-graduando em Física. No total, são 13 estudantes de graduação e pós, orientados pelo professor Cervantes Ayres Filho, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFPR.
Em todo o mundo, 84 equipes estão participando da competição e 40 serão selecionadas para a etapa final. Cada uma das cinco categorias elegem uma equipe vencedora, além da vencedora geral do concurso, que tem reconhecimento internacional.
Os estudantes das exatas afirmam que o maior ganho desta experiência, até agora, tem sido o caráter multidisciplinar. “Se as pesquisas feitas por nós não são usadas por outras áreas, ficam para fins meramente acadêmicos”, pontua Matheus. “Isso é importante, pois a física é uma ciência de base, mas, atualmente, eu vejo que o foco da ciência deve ser em prol da sociedade.”
O projeto
A equipe da UFPR participa na categoria “Escola primária”, em que deve ser projetada uma escola para 300 a 600 alunos com idades entre 4 e 14 anos. Os estudantes estão realizando reuniões, conversas com os professores do Setor de Educação e pesquisa de campo junto às escolas municipais e estaduais. A proposta inicial é uma Escola de Aplicação da UFPR, que seria construída no campus Botânico.
Dentro deste projeto, Marcos e Matheus estão trabalhando para que a escola seja auto-sustentável energeticamente, com o uso de células solares. Os dois estudantes das exatas têm ampla experiência na área pois fazem Iniciação CIentífica no Laboratório de Dispositivos Nanoestruturados (DiNe), coordenado pela professora Lucimara Stoltz Roman.
“É um projeto muito importante. A célula solar, como forma de energia alternativa, ainda é pouco utilizada. Ver um projeto que incentiva isso é motivador”, afirma Marcos. O estudante explica que a energia solar não gera resíduo de CO2 e portanto tem menos impacto no meio ambiente, diferente da termoelétrica e hidrelétrica, por exemplo.
Próximos passos
Até o dia 20 de fevereiro, as equipes devem enviar um relatório de trabalho para determinar os finalistas. Quem prosseguir para a próxima etapa deve apresentar os projetos e maquetes na sede do National Renewable Energy Lab (NREL) em Golden, Colorado (EUA).
Além da maquete, a equipe deve apresentar uma versão do projeto em realidade virtual (VR), que está sendo desenvolvido por Henrique, com orientação da game designer Gabriela Araújo, da divisão de jogos da Samsung, a Black River.