O projeto acontece em parceria com o Ministério da Saúde e o primeiro hospital monitorado será o Erasto Gaertner
O Centro de Computação Científica e Software Livre (C3SL), grupo de pesquisa do Departamento de Informática da Universidade Federal do Paraná , firmou uma parceria com o Ministério da Saúde para monitorar equipamentos médicos. Trata-se do Projeto para Inovação de Sistemas de Informação em Saúde (PinSis). Na primeira fase o equipamento monitorado será o de radioterapia, presente no Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba.
“A ideia básica é auxiliar no bom uso do recurso público aplicado pelo Ministério da Saúde na compra de equipamentos médicos”, explicou André Grégio, coordenador do projeto. Para isso, é preciso monitorar se o equipamento entregue foi instalado, está em operação e, principalmente, se está atendendo pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Software
Para alcançar o objetivo do projeto, a equipe do C3SL, formada por oito bolsistas, pretende criar um software que vai agir como agente de monitoração. Dados enviados pelo hospital serão compilados, transformados e jogados no software, que será público.
Ele irá verificar dados como uso do equipamento, tempo de duração e quantidade de pacientes tratados com o equipamento monitorado.
Assim será possível fazer um cruzamento de dados para identificar se a taxa dos pacientes tratados alcança o mínimo de 60% via SUS. A longo prazo, a intenção é criar um portal online em que todos podem observar a taxa de uso do equipamento.
Resposta à sociedade
Esse projeto atende a sociedade de duas maneiras. A primeira ao garantir transparência e acesso público a investimentos em saúde.
Já a segunda permite que o Ministério da Saúde monitore a utilização dos equipamentos através de dados exatos sobre a porcentagem de pacientes do SUS que utilizam o equipamento. Dessa forma, pode redirecionar recursos e melhorar o atendimento e bem estar do cidadão.
O projeto
A parceria foi firmada em dezembro de 2016 e a equipe formada em maio de 2017. O projeto teve início em outubro desse ano e espera a Aprovação do Comitê de Ética do Hospital Erasto Gaertner para ter acesso aos dados e começar o desenvolvimento real do projeto.
Por: Melora Moura