O profissional de Expressão Gráfica atua no campo da indústria criativa elaborando projetos e produtos, assim como os outros profissionais que desenvolvem projetos: arquitetos, engenheiros, artistas, animadores. Pode participar das etapas de criação, representação e execução de vários tipos de projetos, comunicando conceitos traduzidos graficamente de forma digital (2D e/ou 3D) ou física (protótipos). No entendimento de que a prototipagem rápida, ao criar protótipos e gerar produtos por meio da fabricação digital, depende de modelos digitais que envolvem uma complexidade geométrica, infere-se que “expressão gráfica” supera o sentido da representação gráfica como cópia de um projeto, pois o designer em expressão gráfica concebe produtos. Desta forma, o designer em expressão gráfica tem autonomia para atuar de modo independente de outras profissões, quando se trata do desenvolvimento de produtos que envolvam tecnologias convencionais e de fabricação digital.
Caso não escolha trabalhar de modo independente, o profissional em expressão gráfica torna-se um facilitador da comunicação entre uma equipe colaborativa e o usuário final, auxiliando na detecção de erros e conflitos durante o desenvolvimento de projetos, propondo soluções tendo o apoio das tecnologias.
Sua atuação profissional se enquadra com àquelas definidas pelas DCN’s dos cursos de Design, e ocorrerá em escritórios de Arquitetura, Design, Comunicação Visual; em empresas de Construção Civil, Indústria Moveleira e setores de Economia Criativa. E também como profissional independente na concepção de projetos; representação gráfica foto realista, modelagem e fabricação digital; gestão de projetos automatizados em diferentes áreas como arquitetura, engenharia, design, etc.
Caso a ênfase seja participar da elaboração de projetos com equipes multidisciplinares, o designer em expressão gráfica poderá fazer parcerias com as seguintes áreas, entre outras:
- Arquitetura: auxiliando no projeto de layouts de interiores residenciais, comerciais, culturais ou institucionais; realizando representações foto realistas de projetos arquitetônicos e de interiores (maquete digital);
- Comunicação visual: desenvolvimento de sistemas de comunicação que utilizem a linguagem visual como forma de comunicação; desenvolvendo animações digitais que podem ser utilizadas para comunicação, publicidade, jogos, etc.
- Design: concepção e representação de projetos de produtos, tais como embalagens, mobiliário, objetos funcionais e de decoração, em produção seriada ou em pequena escala;
- Economia criativa: fabricação de produtos e prestação de serviços associados a área de Expressão Gráfica;
- Engenharia Civil: na área de modelagem aplicada ao projeto;
- Mecânica: atuando na representação e modelagem de projetos e equipamentos mecânicos;
- Prototipagem Rápida: desenvolvendo protótipos e atuando na fabricação digital de modelos com complexidade geométrica; concepção de produtos de fabricação digital.
- Saúde e veterinária: contribuindo no desenvolvimento de produtos personalizados por meio de modelagem e fabricação digital para atendimento à saúde humana e animal;
- Tecnologia assistiva: contribuindo com o desenvolvimento de
produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social.[1]
- Pesquisa e Docência: dedicando-se ao Mestrado e Doutorado que envolvam as áreas de expressão gráfica.
[1] BRASIL. Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. Ata Da Vii Reunião Do Comitê De Ajudas Técnicas – Realizada Nos Dias 13 E 14 De Dezembro De 2007. Linhas 30 a 33. https://www.assistiva.com.br/Ata_VII_Reuni%C3%A3o_do_Comite_de_Ajudas_ T%C3%A9cnicas.pdf