Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9733655826302766
Contato: robson.simplicio@ufpr.br
Doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde (PPGECQVS) pela Universidade Federal do Rio Grande – FURG e mestre em Química (2013) pelo Programa de Pós-Graduação em Química Tecnológica e Ambiental (PPGQTA) pela mesma universidade. Tem formação em Licenciatura em Química pela Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) em 2011. É professor da área de Educação Química na Universidade Federal do Paraná (UFPR) atuando em cursos de graduação, no Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática (PPGECM), em Curitiba, e no Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências, Educação Matemática e Tecnologias Educativas (PPGECEMTE), em Palotina. É líder do Grupo de Pesquisa Jano: Filosofia e História na Educação em Ciências na UFPR e integra o Grupo de Pesquisa Comunidades Aprendentes em Educação Ambiental, Ciências e Matemática (CEAMECIM) na FURG. É membro e segundo secretário da Sociedade de Estudos Pesquisa Qualitativos (SEPQ) e membro da Sociedade Brasileira de Ensino de Química (SBEnQ). Tem interesse pela área de Educação em Ciências, especialmente Educação Química com foco em formação de professores de Química com aporte hermenêutico e fenomenológico e no estudo de metodologias de análise qualitativa, especialmente, Análise Textual Discursiva.
Linhas de pesquisa
3 – Transversalidade na Educação em Ciências e em Matemática
Interesses de pesquisa
– Filosofia da Educação em Ciências;
– Educação Química;
– Abordagem fenomenológica e hermenêutica na Educação em Ciências;
– Filosofia, História, Linguagem, Ética e Estética na Educação em Ciências.
Projetos de pesquisa
1. EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS NAS PERSPECTIVAS FENOMENOLÓGICAS E HERMENÊUTICAS
Descrição: O objetivo deste projeto é investigar a influência da Educação Fenomenológica e Hermenêutica da tradição alemã na Educação em Ciências, vislumbrando repercussões à Educação em Ciências brasileira. Na Alemanha de Edmund Husserl (que inaugura a Fenomenologia), Martin Heidegger (Fenomenologia existencial) e outros, a Fenomenologia e a Hermenêutica, como orientações filosóficas, atentam-se à percepção das nossas experiências com o mundo-vida e a interpretá-las adequadamente dentro de horizontes experienciais. Essas tradições possuem efeitos educacionais e, portanto, falamos em Educação fenomenológica e hermenêutica que possui larga tradição exemplificada por Aloys Fischer, Günther Buck, Werner Loch, Heinrich Rombach, Eugen Fink, Egon Schütz, entre outros. No Brasil, em língua portuguesa e mesmo em inglesa, a Educação em Ciências (EC) tem se vinculado a teorias de ensino-aprendizagem em Piaget e Vygotsky e existe uma lacuna de literatura especializada que trate da base educacional fenomenológica e hermenêutica. Poucos educadores em Ciências produziram ou têm produzido nesta abordagem como Fritz H. Julius, Ernst-Michael Kranich, Peter Buck, Jens Soentgen, Volker Scharf, Markus Rehm, Dietmar Hottecke e Edvin Ostergaard, necessitando ampliação nesta perspectiva para o contexto brasileiro. É sobre esta tradição de Educação em Ciências que se investigará, levantando alternativas ao ensino de Ciências. Além disso, realizar-se-á pesquisa exploratória de cunho qualitativo para identificar e articular teorias e práticas que anunciem elementos para elaborarmos uma Educação em Ciências Fenomenológica e Hermenêutica, com reflexos diretos às Teorias da Educação.
2. FUNDAMENTOS DA HERMENÊUTICA FILOSÓFICA NA EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS: POSSIBILIDADES FORMATIVAS PARA O EDUCADOR EM QUÍMICA
Descrição: Buscam-se, por meio da Hermenêutica Filosófica atribuída ao filósofo Hans-Georg Gadamer, outras possibilidades interpretativas à tradição da Educação em Ciências. Visualizam-se aproximações da hermenêutica, especialmente a filosófica, à Educação em Ciências e à Educação Química, o que possibilita delinear elementos hermenêuticos que podem contribuir à formação de educadores: a linguagem ontológica, a tradição histórica e a tradução-interpretação desta tradição e a estética como modo de ser no mundo. Sob a influência de Gadamer, buscamos compreender seu conceito de tradição de linguagem, a partir do modo como algo é transmitido a partir de usos e costumes da tradição escrita. A partir desse conceito, buscamos elaborar repercussões à Filosofia da Educação e apresentamos a compreensão do professor de Ciências e Química como tradutor-intérprete da tradição da linguagem da Química e suas estruturas como concretas e como ontológicas. Entre os desdobramentos, destacamos a reivindicação do diálogo, da tradição histórica e da escrita na Educação em Ciências e Educação Química, como outros modos interpretativos da linguagem científica.